quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Ásia Presentes




Minha terceira dica de compras é a loja Ásia Presentes onde se encontra uma infinidade de produtos (bolsas, leques, sombrinhas, espadas, cosplay, roupas, maquiagens, acessórios, inclusive alguns kimonos de seda ou cetim). Produtos japoneses e chineses.
A loja localiza-se no  2° Piso - n° 218/219, o telefone é (51) 3225-2878

Boas compras!

Biwa (琵琶): o alaúde japonês!

Eu adoro a mistura de música moderna com instrumentos clássicos, principalmente o rock, o  metal e o new age. Cantores como Loreena Mckennitt e Lisa Thiel, coletâneas como Celtic Twilight, e bandas como Faun e Mago de Oz. Recentemente descobri bandas japonesas que fazem o mesmo como Onmyouza e Versailles. Mas isso não quer dizer que não goste do som tradicional. Alguns animes de época que assisto me fizeram conhecer instrumentos e sons até então desconhecidos como a Biwa. Por esse motivo decidi fazer um post sobre ela.
Benten: Deusa da poesia, música, eloquência e educação representada tocando uma Biwa


A Biwa é um instrumento tradicional derivado do alaúde árabe, que chegou ao Japão através da China, por volta do período Nara (710-759 dC). Existem biwa de diferentes tipos, de acordo com o número de cordas. É um instrumento escolhido por Benten, deusa da poesia, da música, eloquência e educação no budismo japonês (fonte: wikipedia). Abaixo vocês poderão conferir um vídeo do Anime "Gifuu Doudou!!: Kanetsugu to Keiji" que se passa no período Sengoku e conta a história de Naoe Kanetsugu, um samurai importante da História japonesa e sua amizade com Maeda Keiji. Nele aparece Maeda keij tocando uma biwa. O vídeo é online mostrando o episódio completo. Caso vocês queiram ir direto para a parte da biwa ela começa por volta do minuto 15.

                           
O biwa tem sido pouco utilizado na música popular. Dois exemplos de bandas que utilizam o instrumento são a banda de rock progressivo japonês Paikappu na década de 1980, e o grupo de música pop japonesa Rin' desde 2003. Através da pesquisa para este post cinheci a banda Rin e fiquei encantada com o som deles!

Mistura fantástica de música e voz!

Por hoje é só! Espero que tenham gostado!
Ja ne!

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Yukata: o kimono de verão



Aproveitando que estamos no verão vou falar um pouco sobre a Yukata, o kimono de verão, também usada em Matsuris, os tradicionais festivais japoneses.
O nome yukata vem de "yu" e "katabira". "Yu" quer dizer banho e "katabira" roupa de usar em baixo.
Literalmente é uma roupa de baixo de banho usada tradicionalmente nas termas e banhos à céu aberto, chamadas de  onsen (温泉): Antigamente, na era Heian ( ano 794 - 1185), os nobres da corte o usavam "yukatas" de linho que eram amarrados folgadamente depois do banho. O yukata foi usado anos depois pelos guerreiros japoneses e na era Edo (1600 - 1868) eles eram usados publicamente nos banhos. Neste período as pessoas iam muito à casas aonde tinham esses banhos, ou onsen. Essas casas e pousadas onde tem onsens são chamadas de Ryokan (旅館) que, rapidamente, se tornaram uma popular fonte de recreação no Japão.
Os Ryokans têm tanto banhos fechados, como a céu aberto, bem como outras áreas em que as pessoas podem se divertir ou fazer refeições. Para ir de um lugar a outro elas andam de Yukata e é costume que o ryokan dê ao hospede um conjunto de yukata e obi (faixa) para que ele use durante a sua estadia, quando você chega, já tem um conjunto lhe esperando no quarto com um conjunto de toalhas. As vezes tem também uma happi, que é tipo um casaco para ser usado por cima.

Casal em passeio a um onsen usando yukata

Tradicionalmente, o yukata é feito de tecido de algodão (que é branco) e tingido de azul indigo, por isso, até hoje nas ryokans os yukatas são basicamente azul e brancos. Diferente do kimono normal, o yukata é feito de algodão, não são usadas com forro interno,tem padronagem corrida e o yukata não tem forro nem bordados e não é usado com meias e é usada com geta ou zori (geralmente homens usam geta e mulheres usam zori com um leve salto.  Tanto os yukatas masculinos como os yukatas femininos são iguais , mas, veste-se diferente.

Recepcionistas de um Ryokan

Também são usados durante os festivais de verão como o Obon em agosto e o Hanabi em julho. Nessas ocasiões, as yukatas femininas são multicoloridas e com estampas de flores e a dos homens é geralmente lisa ou com estampas pequenas de cores azul, verde ou cinza.
Hoje em dia, com a popularidade da yukata entre os jovens durante os festivais de verão é tão grande, que existe uma infinidade de cores e estampas de yukata para cada um escolher. Cada pessoa tenta mostar seu estilo pessoal enquanto usa essa vestimenta tradicional. Como eu disse, os yukatas são, pela tradição, azul e brancos, mas a versão moderna tem várias cores e tecidos, em geral, é bem colorido, mas não tem bordados. Os cintos (obi) podem ser de várias cores, mas geralmente são de cor lisa e, além do azul indigo, o amarelo e o vermelho são também bem tradicionais.


As Geishas e Maikos sempre usam yukata no verão, e entre os homens, é esperado que os lutadores de sumô de ranking junior usem yukata em público, independentemente da estação do ano e das condições do tempo. Durante o verão todos os lutadores geralmente usam toda a roupa.


Fonte: H-sama Blog

sábado, 25 de janeiro de 2014

Lámen (ou ramen na pronúncia japonesa)




Abra o pacote, coloque o macarrão em 300 mL de água fervente e em três minutos está pronto! Sim, esta é a receita do lámen, mas na sua versão instantânea. O verdadeiro lámen leva muito mais tempo para ser preparado e tem uma série de segredos que o torna muito mais saboroso.
O Lámen ficou famoso principalmente entre os adolescentes que são fãs do anime Naruto.
No Brasil, o produto ficou conhecido como miojo devido à marca de mesmo nome, produzido inicialmente pela Ajinomoto e, mais tarde, pela Nissin, devido a uma sociedade entre as duas empresas.
O hábito de comer o lámen já faz parte da vida dos japoneses desde o século 17. O primeiro lámen feito no Japão foi preparado por um cozinheiro chinês para o samurai Mito Komon. Mas só depois de sofrer adaptações é que o macarrão caiu para sempre no gosto popular. Hoje existem até grupos de fãs chamados Ramen Kenkyuukai.
Como o preparo é diferente em cada província, os fanáticos percorrem o país para experimentar as versões regionais. Alguns conseguem identificar até os temperos usados no macarrão, que possui características próprias e condimentos únicos. No início do século 20, o lámen já era comercializado na rua por vendedores que pilotavam carrinhos de madeira, que deram lugar às vans nos dias de hoje. Atualmente, existem cerca 30 mil barraquinhas de lámen espalhadas pelas ruas do país – sem contar os restaurantes.
Um ocidental que entra em um lamen-ya (restaurante especializado em lámen) é capaz de ficar escandalizado - ou cair na gargalhada - com a sinfonia desafinada dos clientes. É uma regra fazer barulho para sorver o macarrão. Isso ocorre porque o lámen deve ser consumido muito quente para realçar o sabor.
Tamanha unanimidade fez com que o Japão tenha não apenas um, mas dois museus temáticos de lámen. Um deles fica em Ikeda, terra natal do criador do lámen, Momofuku Ando, e recria as etapas que o levaram a elaborar seu consagrado invento no final dos anos 50.
 Seu mérito foi aproveitar um produto de inegável apelo popular, mas que exige tempo de preparo, e transformá-lo em um astro mundial instantâneo. Hoje, o mercado de macarrão instantâneo é um dos setores mais concorridos da economia japonesa. Cerca de 600 novos produtos são lançados anualmente no país.
 A concorrência acirrada no segmento não vem de hoje. No início da década de 70, Ando revolucionou, novamente, o mercado com a criação de uma das variedades de maior sucesso até hoje: o Cup Noodles. Em pouco tempo, novos concorrentes entraram na disputa do mercado do lámen instantâneo.
 Estima-se que só no Japão, sejam consumidos 5,44 bilhões de lámens instantâneos por ano. Isso quer dizer que cada japonês come o prato pelo menos uma vez por semana. É por isso que as lojas de conveniência fornecem água quente em garrafas térmicas. Assim, é possível o cliente prepará-lo na hora - e comer em pé.

Diversos tipos de Lámen

Conhecendo o lámen mais profundamente:

O lámen é composto de um caldo base, o macarrão propriamente dito e os acompanhamentos.

Caldo base:

A sopa do lámen tradicional é feita com um caldo preparado com pelo menos quatro horas de cozimento de vegetais, alga kombu (que acentua o sabor umami, também conhecido como “o quinto sabor”) e da carcaça e asas de frango (e opcionalmente ossos de porco) com um refogado de cebolinha e gengibre, sendo retirados os ossos após a fervura.
Shiitake, seco ou natural, pode ser acrescentado no preparo do caldo base assim como pó de peixe seco, dependendo da criatividade de cada um.
E se o caldo é a alma do lámen, o elemento que dá vida a ele é o molho. Os três sabores básicos de molho servidos nos restaurantes especializados são: Sal ou Shio-lámen, molho de soja ou Shoyu-lámen e pasta de soja ou Misso-lámen.
Aliás, cada uma das saborizações não é feita simplesmente com a adição do sal, missô ou shoyu que encontramos nos supermercados. Os molhos são preparados com base em cada um desses ingredientes, mas com adição de outros temperos como alho, pimenta e gergelim, criando combinações que muitas vezes são mantidas em segredo pelos chefs mais renomados.
Esses sabores são os principais, mas existe uma variedade muito maior que dá personalidade diferente a cada um dos pratos.

O macarrão:

O nome “lámen” significa massa esticada (la) e macarrão (men). Ele é, portanto, o protagonista do prato. Farinha de trigo, ovo e água são os três ingredientes básicos que produzem essa variedade de macarrão.
O segredo está na água, que deve ser alcalina, pois faz com que a massa adquira sabor, cor amarelada, consistência firme e a característica escorregadia do macarrão.
O detalhe da farinha (conhecida como farinha forte) é que ela possui maior quantidade de proteína que as farinhas comuns para dar elasticidade à massa.
Cada detalhe faz a diferença na hora de preparar a massa, que gera uma gama de variedades de fios de macarrão que podem ser achatados ou arredondados, lisos ou ondulados. “Existem vários tipos de espessura também: fino, médio e uns tão grossos quanto udon”. Além disso, nos restaurantes de lámen, o cliente também pode escolher o ponto de cozimento da massa.

Acompanhamentos:

O lámen pode ser personalizado conforme o gosto e preferência pessoal, sendo praticamente ilimitada a sua variedade: Chashu-Lámen (lámen acompanhado de lombo), Yasai-lámen (com verduras e legumes), Ebi-lámen (de camarão), Kani-lámen (de caranguejo), Gyoza-lámen, lámen de frutos do mar, Tonkatsu lámen (carne de porco empanada) (etc. Alguns restaurantes especializados deixam essa escolha a cargo do cliente.
Um dos mais tradicionais acompanhamentos do lámen é o Chashu (ou lombo), pode ser cozido ou assado.O chashu é um dos elementos essenciais. Feito com copa lombo cozida em temperatura baixa, a carne fica com uma consistência tão tenra que dispensa faca. É uma carne bastante gordurosa e pode ser temperada com shoyu ou missô.
Para saber se o lombo está cozido, é comum espetar um espeto de bambu e aguardar que daquele furo saia um caldo avermelhado; se isto ocorrer, é sinal de que o lombo ainda está cru por dentro. Quando a peça parar de “sangrar”, o lombo está pronto para o consumo. O mesmo procedimento pode ser feito para uma peça de carne bovina. Neste caso, um pouco de “sangramento” pode ser ignorado.
Os ingredientes comumente adicionados ao prato são ovo cozido, cebolinha picada, horensou (espinafre japonês), broto de feijão, naruto (pasta de peixe cozida que tem o desenho de um redemoinho), tiras de menma (broto de bambu fermentado), alga wakame e alga nori. As verduras em geral dão um toque colorido ao lámen, ao mesmo tempo em que tornam o prato mais equilibrado nutritivamente. O espinafre deve estar enxuto.
Moyashi deve ser, de preferencia, limpo, isto é, sem o broto amarelo e o “rabinho”, e mergulhado por poucos segundos (para não perder a rigidez) numa panela com água fervente. O mesmo procedimento vale para shimeji e shiitake naturais.

Temperos:

Vários são os temperos opcionais que podem ser acrescentados ao lámen na hora de ser servido: gergelim branco ou torrado, gengibre picado ou ralado, tobanjan (tempero chinês a base de missô e pimenta), pimenta vermelha picada, alho torrado ou cru, picado ou ralado.
Para Shio-Ramen e Shoyu-Ramen costuma-se jogar uma pitada de pimenta-do-reino em pó antes de servir.

E para finalizar é indispensável uma folha de nori (alga).

Onde comer Lámen?

O único restaurante japonês de Porto Alegre que eu conheço que serve lámen é restaurante Sakae's (Rua Castro Alves, 690, Telefone: ‎(51) 3222-5533 ‎)

Veja aqui como chegar ao Sakae's

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Fonte: Made in Japan; Wikipédia, Hashtag